Um estudo detalhado sobre o papel da dieta na modificação do risco de Alzheimer confirma que nossas escolhas alimentares têm um impacto significativo no desenvolvimento da demência. Publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, em dezembro de 2023, a mesma pesquisa também aponta as dietas mais importantes para a redução no risco da doença. São elas: dietas que dão ênfase aos vegetais, como a mediterrânea, e as tradicionais na China, Japão e Índia.
Os pesquisadores notaram que as taxas de doença de Alzheimer aumentam nos países orientais à medida que a população faz a transição nutricional para a dieta ocidental, a qual inclui um consumo maior de carne vermelha (churrasco, hambúrguer), carne processada (cachorro-quente, linguiça) e alimentos ultraprocessados carregados de açúcar, gordura saturada e grãos refinados.
Mas, de todos os alimentos, a carne foi considerada a escolha que mais eleva o perigo de demência, já que aumenta o risco de inflamação, resistência à insulina, stress oxidativo, produtos finais de glicação avançada e N-óxido de trimetilamina, o TMAO (metabólito da microbiota relacionado a diversas doenças inflamatórias). E todos esses fatores contribuem para o aparecimento de diabetes e obesidade, distúrbios que podem agravar ainda mais o risco de Alzheimer. Aliás, baseados na tendência de obesidade nos Estados Unidos, os pesquisadores calculam que, por lá, as taxas da doença serão 50% mais altas até 2038.
A boa notícia? O mesmo estudo lista vários alimentos protetores contra a demência, especialmente aqueles ricos em antioxidantes, como folhas verdes, vegetais coloridos, legumes e leguminosas (feijão), frutas, nozes, grãos integrais e ácido graxos ômega-3.
Link do estudo publicado no Journal of Alzheimer's Disease: https://www.j-alz.com/content/diet-has-major-impact-risk-alzheimers-disease
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